“A prioridade, agora, é votar o orçamento”, diz Haddad

Ministro da Fazenda também afirmou que não existe discussão para mudar o regime cambial no Brasil e nem de aumentar imposto com esse objetivo

EXAME: Antonio Temóteo/Repórter especial de Macroeconomia

Fernando Haddad: segundo o ministro da Fazenda, não existe qualquer discussão sobre mudar o atual regime de câmbio flutuante (Marcelo Justo/Flickr)

 

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 6, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a prioridade do governo é votar o orçamento de 2025 assim que o Legislativo retomar os trabalhos em fevereiro.

“A prioridade, agora, é votar o orçamento. Precisamos ajustar o orçamento as perspectivas do arcabouço fiscal e das leis aprovadas no fim do ano passado”, disse Haddad.

Na reunião com Lula não foram debatidas novas medidas de corte de gastos, afirmou Haddad. Nas últimas declarações à imprensa, o ministro sinalizou que o processo de ajuste das contas públicas seria constante.

“Nós não conversamos sobre isso [propostas de cortes de gastos] hoje, conversamos sobre outros temas. Mais o planejamento do ano, a questão do orçamento que ainda precisa ser votado”, disso

Haddad nega proposta de intervenção cambial

Questionado pelos jornalistas, Haddad negou que o governo debate a possibilidade de elevar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nas operações de saída de dólares do Brasil, como um eventual medida para conter a alta no preço da moeda estrangeira.

“A questão do dólar, a gente precisa entender isso. Tem um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo. Tivemos aqui um estresse também no Brasil. E hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações de  moderação em relação as propostas feitas durante a campanha. É natural que as coisas se acomodem”, disse Haddad a jornalistas.

Ele também negou que não existe qualquer discussão sobre mudar o atual regime de câmbio flutuante.

“Não existe discussão para mudar o regime cambial no Brasil e nem de aumentar imposto com esse objetivo. Estamos recompondo a base fiscal do estado brasileiro pelas propostas endereçadas ao Congresso Nacional”, disse.

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