Centrão articula derrota do governo em MP do IOF

Líderes de PL e PP confirmaram que orientarão suas bancadas a pela rejeição; movimentação seria incentivada por um possível candidato à Presidência da República a fim de dificultar a vida do governo nas eleições

Jovem Pan/Por:Rany Veloso

Aprovação do parecer na comissão especial foi apertada, por apenas um voto de diferença: 13 a 12/Bruno Spada/Câmara dos Deputados

 

 

O governo federal enfrenta resistência no Congresso e corre contra o tempo para aprovar a Medida Provisória 1303/2025, que substitui o aumento do IOF como alternativa para equilibrar as contas públicas em 2026. Hoje, é o último dia para votação, caso contrário perde a validade. A proposta, porém, enfrenta forte oposição no centrão. Segundo apuração da Jovem Pan, partidos como PL, PP, União Brasil e Republicanos devem votar unidos contra a medida. Os líderes do PL, Sóstenes Cavalcante, e do PP, Dr. Luizinho, confirmaram que orientarão suas bancadas pela rejeição.

De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, a articulação contrária teria também um componente político: dificultar a vida do governo em ano eleitoral. A movimentação seria incentivada por um possível candidato à Presidência da República apoiado pelo Centrão. Na terça-feira (7), o relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), já havia enfrentado dificuldades.

Mesmo após desidratar o texto retirando pontos polêmicos como a cobrança de Imposto de Renda sobre LCI e LCA e o aumento da taxação sobre as bets (apostas esportivas), o parlamentar conseguiu aprovar o parecer na comissão especial por apenas um voto de diferença: 13 a 12. Em entrevista, Zarattini cobrou o cumprimento de compromissos firmados com bancadas do centro e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA): “Fizemos um acordo com a FPA e com os partidos de centro, e queremos que esse acordo seja cumprido. Que votem favoravelmente à medida, sem destaques, para preservar o texto”.

O deputado também citou diretamente o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), acusando-o de não respeitar o entendimento feito com o governo: “Ontem, além da FPA, que estava lá com seu presidente, Pedro Lupion, e que não cumpriu o combinado, tivemos também União Brasil, PP e Republicanos descumprindo o que foi acertado na hora do almoço”.

A expectativa do Planalto é intensificar as negociações para evitar uma derrota no plenário, que poderia comprometer a meta fiscal e a estabilidade das contas públicas em 2026.

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