Estatísticas apontam motivo para declínio do Vasco no Brasileiro

Depois de uma ascensão meteórica no Campeonato Brasileiro, Vasco da Gama teve uma queda brusca de rendimento nos últimos jogos.

Robert Renan em Vasco x Juventude (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)

O Vasco vive mais um momento de instabilidade no Campeonato Brasileiro. Depois de emendar três vitórias seguidas e dar sinais de evolução, o time cruz-maltino voltou a tropeçar e agora soma três derrotas consecutivas. A oscilação não é apenas perceptível no placar, mas também nas estatísticas: curiosamente, o Vasco tem finalizado mais nas derrotas do que quando vencia.

Nos reveses recentes — contra Juventude (3×1), Botafogo (3×0) e São Paulo (3×1) —, a equipe acumulou 50 finalizações, enquanto os adversários somaram 44. Já na sequência vitoriosa diante de Bragantino (3×0), Fluminense (2×0) e Fortaleza (2×0), os números foram bem diferentes: apenas 25 chutes a gol do Vasco contra 50 dos oponentes. Mesmo assim, o aproveitamento ofensivo foi muito superior — o time precisou de menos de quatro finalizações para marcar cada gol, segundo dados do SofaScore.

Esses números, no entanto, não contam toda a história. Seria simplista afirmar que o Vasco joga melhor quando finaliza menos ou tem menos posse de bola. Cada confronto teve seu próprio contexto. Nos jogos em que venceu, o time abriu o placar cedo e conseguiu controlar o ritmo, explorando os espaços deixados pelos adversários. Já nas derrotas, o cenário se inverteu: o Vasco saiu atrás, se desorganizou em busca do empate e acabou se expondo defensivamente.

O que as estatísticas revelam, de fato, é algo que a torcida já vem apontando: a oscilação de concentração. Quando está à frente, o time demonstra solidez e disciplina. Quando precisa reagir, perde o foco e se precipita. Nas vitórias, a equipe “soube sofrer” e contou com atuações seguras de todo o sistema defensivo — especialmente do goleiro Léo Jardim, que brilhou com nove defesas contra o Fortaleza. Já nas derrotas, surgiram erros de atenção, como o passe errado do próprio arqueiro no segundo gol do Juventude.

Com o placar desfavorável, o Cruz-Maltino tende a acelerar demais as jogadas e perder a precisão. As tentativas de reação acabam se transformando em cruzamentos apressados e finalizações pouco eficientes — como aconteceu contra o Juventude, quando as entradas de Vegetti e GB resultaram em uma série de bolas levantadas na área, sem grande perigo.

Após o último jogo, o técnico Fernando Diniz reconheceu que o time ainda busca amadurecimento. Para ele, o Vasco está em processo de aprendizado e precisa encontrar consistência para lidar melhor com as oscilações ao longo da temporada.

— O Vasco está aprendendo a jogar bem e, principalmente, a ser um time grande. Esse processo traz oscilações. Não é a primeira vez que o desempenho cai, já tivemos dois ou três momentos assim no campeonato. Esse é o terceiro ou quarto período de queda, e o desafio agora é reagir, como fizemos nas outras vezes. O importante é entender essas fases e aprender com elas para voltar a crescer — avaliou o treinador após o mais recente tropeço.

Agora, o desafio de Diniz é transformar volume em eficiência e recuperar a confiança de um elenco que já mostrou ser capaz de reagir. A retomada da concentração e da calma pode ser o diferencial para recolocar o Vasco na briga por seus objetivos — seja por uma vaga na Libertadores ou pela busca do título da Copa do Brasil.

Fonte: Esportes News Mundo

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