Galípolo sobre juros altos: ‘Banco Central não pode brigar com os dados’

Presidente do Banco Central foi questionado sobre as críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reforçou a perseguição a meta de inflação

 

 

presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez uma defesa do atual patamar da taxa básica de juros, em 15% ao ano, afirmando que a autoridade monetária do país “não pode brigar com os dados” da economia brasileira. Galípolo foi questionado sobre uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que disse haver espaço para um corte na Selic.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12), o presidente do BC disse que é legítimo todos os ramos da sociedade manifestações sobre a política monetária, e que “todos podem brigar com o Banco Central”.
“O Banco Central que não pode brigar com os dados. Talvez, de todas as instituições públicas que existem, o BC seja aquele que tem um objetivo mais claro de todos”, disse o presidente do Banco Central.

Segundo Galípolo, a autoridade monetária tem um objetivo claro de perseguir a meta de 3% da inflação, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para isso, o BC mantém os juros em um patamar elevado com o objetivo de restringir o consumo e desacelerar a atividade econômica.

Nessa sexta-feira (11), o BC divulgou a ata da reunião de novembro do Comitê de Política Monetária (Copom), onde os diretores ressaltaram a confiança na estratégia de manter a Selic alta por um período “bastante prolongado”. O documento também afirma que o colegiado não vai “hesitar” em retomar o ciclo de altas caso julgue necessário.

“Você tem uma meta e um instrumento que é a política monetária. Está bem claro por que a gente está com uma taxa de juros num patamar restritivo, e porque a gente entende que é necessário permanecer com a taxa de juros nesse patamar”, disse o Galípolo.

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