Para ala do TSE, “indústria dos cortes” pode configurar abuso de poder

Ministros têm debatido internamente efeitos da estratégia de Pablo Marçal

CNN/Luísa Martins

Uma ala da Corte enxerga a “indústria dos cortes” como algo que não conseguiu prever • Divulgação/Tribunal Superior Eleitoral/Fotógrafo/Luiz Roberto

 

A “indústria dos cortes” para redes sociais pode configurar abuso de poder na campanha eleitoral e levar à inelegibilidade por oito anos, avalia uma ala do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Magistrados da Corte Eleitoral têm debatido internamente os efeitos da estratégia do candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, especialmente no que diz respeito à monetização.
A ministra substituta Vera Lúcia, durante palestra realizada nesta semana em São Paulo, chegou a dar um “spoiler” de como a cúpula da Justiça Eleitoral está preocupada com o tema.
Em evento da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), ela disse que as eleições municipais em São Paulo trazem “atenções e desafios” à Justiça Eleitoral.
Ela não citou Marçal nominalmente, mas a CNN apurou que a ministra – assim como outros colegas do TSE – tem acompanhado o tema com apreensão, uma vez que ainda não há regulamentação específica sobre isso.
Uma ala da Corte Eleitoral avalia que o uso dessas ferramentas pode significar abuso dos meios de comunicação e acabar desequilibrando a paridade de armas no pleito.
A percepção é de que, diferentemente dos impactos da inteligência artificial, que levou o TSE a proibir os “deepfakes”, a “indústria dos cortes” é uma novidade que a Corte não conseguiu antever.

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