Pesquisa Genial/Quaest de outubro registrou uma alta entre aqueles que acreditam que a inflação vai subir. (Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Volta da inflação? Preços dos alimentos e combustíveis tiram o sono dos brasileiros; confira

Money Times / Por: Juliana Américo
Pesquisa Genial/Quaest de outubro registrou uma alta entre aqueles que acreditam que a inflação vai subir. (Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o seu terceiro mandato, a economia viu a inflação cair, em um misto de medidas adotadas tanto pelo atual governo, quanto o anterior, de Jair Bolsonaro. O acumulado de 12 meses do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,70% de janeiro para 3,16% em junho.
De lá para cá, os preços voltaram a subir. Em setembro, o IPCA acumulado em 12 meses passou de 4,61% para 5,19%.
Parte dessa alta se trata de cálculo matemático: os meses de julho, agosto e setembro de 2022 foram de deflação, assim como junho deste ano. Ou seja, até então, a inflação acumulada ainda considerava essas quedas nos preços.
Por outro lado, tirando essa questão matemática, os consumidores brasileiros estão sentindo uma alta nos preços. Segundo a Pesquisa Genial/Quaest de outubro sobre como a população avalia o governo, registrou uma alta entre aqueles que acreditam que a inflação vai subir.
Dos entrevistados, 47% dizem que a inflação vai subir, ante os 35% que responderam o mesmo em junho. O levantamento ainda aponta que os preços dos combustíveis avançou de 31% para 43%. Já os alimentos ficaram mais caros para 42%, ante 37% no levantamento anterior. Por fim, aqueles que afirmam que as contas em geral ficaram mais caras passou de 48% para 57%.

Confira a pesquisa na íntegra

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou que, apesar do recuo na inflação ao longo do ano, há risco para novas altas. Durante evento do Estadão realizado no início da semana, ele destacou que é de se esperar uma volatilidade nos preços dos alimentos em função do El Niño.
No entanto, o grande problema fica por conta da elevação no volume de chuvas no Sul do Brasil e tempo mais seco nas regiões Norte e Nordeste do país, com calor acima do normal no Sudeste, Centro-Oeste e oeste da Amazônia.
Além disso, Campos Neto disse que os preços de energia parecem ter se estabilizado após as primeiras instabilidades provocadas pela guerra em Israel. Por outro lado, o presidente do Banco Central ressaltou que há incerteza sobre os efeitos do conflito nos preços do petróleo.
*Com Pasquale Augusto

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