Em um cenário de “grande perturbação” no Oriente Médio, preço do petróleo poderia ficar entre US$ 140 e US$ 157 o barril, diz Banco Mundial
Metrópoles / Fábio Matos
O acirramento das tensões no Oriente Médio, com a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, pode levar a um aumento de até 75% no preço do barril de petróleo, de acordo com estimativas divulgadas nesta segunda-feira (30/10) pelo Banco Mundial.
De acordo com a instituição financeira, que traçou três possíveis cenários sobre os desdobramentos do conflito, o valor do barril pode alcançar uma máxima histórica de US$ 150 caso a guerra se transforme em um conflito de proporções ainda maiores nos próximos meses.
Esse cenário de “grande perturbação”, diz o Banco Mundial, seria comparável aos efeitos do embargo petrolífero árabe realizado há 50 anos, em 1973, ano da Guerra do Yom Kippur.
Nesse caso, poderia haver uma redução do fornecimento global de petróleo entre 6 milhões e 8 milhões de barris por dia, o que elevaria os preços para algo entre US$ 140 e US$ 157 o barril, uma alta de 75%.
“Os preços mais elevados do petróleo, se forem sustentados, significam, inevitavelmente, preços mais elevados dos alimentos”, afirma Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial. “Se um grave choque nos preços do petróleo se materializar, isso elevaria a inflação dos preços dos alimentos, que já vem subindo em muitos países em desenvolvimento.”