A Petrobras irá ampliar em cerca de R$ 50 milhões os seus investimentos em projetos voltados à restauração florestal de espécies nativas nos biomas brasileiros, que contribuem para o sequestro e fixação de carbono e para evitar emissões de gases de efeito estufa. O investimento, previsto para os próximos cinco anos, faz parte da iniciativa Floresta Viva, lançada pelo BNDES nesta quarta-feira, dia 10, durante o fórum “Fortalecimento da Agenda Florestal”, realizado na COP-26, em Glasgow. O evento contou com a participação da gerente executiva de Responsabilidade Social da Petrobras, Olinta Cardoso.
O Floresta Viva vai operar sob o princípio da junção de recursos do BNDES com recursos de outras empresas. A parceria entre Petrobras e BNDES totalizará um investimento de R$ 100 milhões das duas instituições, em cinco anos, para financiamento de projetos de reflorestamento, por meio de seleção pública e gestão compartilhadas. Para a operacionalização da iniciativa será selecionado um parceiro gestor, mediante chamada pública, que será responsável pelo edital de seleção e acompanhamento dos projetos. O primeiro edital está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2022.
A participação da Petrobras na iniciativa visa à ampliação do investimento socioambiental da companhia em soluções climáticas naturais (NCS – Natural Climate Solutions) com foco em restauração florestal. Os editais irão prever requisitos ambientais e sociais para a seleção dos projetos, que deverão estar alinhados a padrões de certificação internacional para possível certificação de carbono.
“A Petrobras e o BNDES já possuem ampla experiência em editais para apoio a projetos de restauração e conservação de florestas. O Floresta Viva contempla uma cooperação entre diversos agentes que reconhecem a importância da questão climática e que unem esforços pela restauração ecológica de biomas brasileiros. Essa parceria vem reforçar iniciativas em soluções climáticas naturais, potencializando seus resultados e gerando novas oportunidades”, afirma o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy.
Segundo o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, a Floresta Viva ajudará a impulsionar o setor de restauração ecológica e as empresas brasileiras na transição justa para uma economia neutra em carbono. “Com essa iniciativa, nossa expectativa é reflorestar entre 16 mil e 33 mil hectares com espécies nativas e biodiversidade, podendo capturar cerca de 9 milhões de toneladas de CO2 equivalente ao longo da vida dos projetos”, afirma.