IstoÉDinheiro/ Deutsche Welle
Em visita surpresa, líder alemão assegura envio de material bélico no valor de 650 milhões de euros e promete que seu país continuará sendo o maior apoiador da Ucrânia na Europa.Em uma visita surpresa a Kiev, o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, anunciou nesta segunda-feira (02/12) uma nova ajuda militar à Ucrânia no valor de 650 milhões de euros (R$ 4,1 bilhões) e prometeu que a Alemanha continuará sendo o maior apoiador do país na Europa.
“A Ucrânia pode contar conosco. Nós dizemos o que fazemos. E nós fazemos o que dizemos. Para deixar isso claro novamente, viajei para Kiev na noite passada: de trem por um país que tem se defendido da guerra de agressão russa há mais de mil dias”, escreveu Scholz em sua conta na rede social X.
A visita é a segunda de Scholz à Ucrânia desde o início da invasão militar russa na Ucrânia. Na primeira, ocorrida em 16 de junho de 2022, o líder alemão viajou para Kiev acompanhado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, pelo presidente romeno, Klaus Iohannis, e pelo então primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
Scholz chegou a Kiev em meio a uma escalada de ataques aéreos entre ambos os lados na Ucrânia e em meio à campanha eleitoral da Alemanha para as eleições antecipadas de 23 de fevereiro, nas quais a Ucrânia é uma das questões centrais.
Social-democratas, verdes e liberais, antigos parceiros do governo, assim como os conservadores, estão unidos em seu apoio militar à Ucrânia. Entretanto, enquanto Scholz continua recusando a entrega de mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus, o líder conservador Friedrich Merz garante que enviará essas armas para o país invadido, caso se torne chefe de governo.
“Caixa de Pandora”
A visita a Kiev ocorre também apenas semanas depois de Scholz ter sido criticado por Zelenski por ter falado ao telefone com o presidente russo, Vladimir Putin. O líder ucraniano disse que a chamada do chanceler alemão “abriu uma caixa de Pandora”, enfraquecendo o isolamento do líder russo.
Neste domingo, o novo presidente do Conselho Europeu, o português António Costa, iniciou o seu mandato com uma viagem a Kiev para mostrar o apoio “inabalável” da União Europeia à Ucrânia, ao lado da alta representante da UE para Relações Exteriores, e estoniana Kaja Kallas, e da comissária europeia para Ampliação, a eslovena Marta Kos.
Na última sexta-feira, Zelenski sugeriu que um acordo de cessar-fogo com a Rússia poderia ser alcançado se o território ucraniano sob controle de Kiev estivesse “sob o abrigo da Otan” e ele pudesse negociar diplomaticamente a devolução da parte ocupada pelas forças russas posteriormente.
md/lf (EFE, AFP, DPA)