Setor teve um avanço de 0,6% segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com destaque para os transportes
A pesquisa também mostra um crescimento de 4,1% frente a setembro de 2024 no setor, que já acumula um avanço de 2,8% no ano, e 3,1% nos últimos 12 meses. Ao todo, três das cinco atividades pesquisadas tiveram crescimento na passagem de mês, com destaque para um avanço de 1,2% em transportes, e 1,2% em informação e comunicação.
Segundo o economista sênior do Inter, André Valério, o primeiro segmento foi impulsionado pela atividade turística, enquanto o segundo foi puxado pelo audiovisual. Apesar do bom resultado, o economista destaca uma perda de dinamismo nos serviços, com sinais de restrição da política monetária com juros em patamares elevados (15% ao ano).
“Pelo lado da demanda, vemos as famílias mais restritas, com os serviços de alojamento e alimentação mantendo tendência de desaceleração no acumulado em 12 meses, o que também se observa nos serviços técnicos-profissionais, esses mais sensíveis às condições de crédito”, explicou.
No 3º trimestre, o setor de serviços avançou 0,9% de acordo com a pesquisa do IBGE, abaixo dos 1,2% observados no 2º trimestre de 2025, e abaixo dos 1,1% do mesmo período de 2024. “O setor deverá ter uma contribuição menor para o PIB do 3º trimestre, que estimamos que apresentará um recuo de 0,2% frente ao 2º trimestre desse ano”, completou Valério.
Setor segue resiliente
Segundo relatório da Genial Investimentos, os dados do setor de serviços seguem corroborando para uma percepção de um setor resiliente, operando em terreno positivo mesmo que em um ritmo mais moderado. Na avaliação, o segmento deve sustentar o processo gradual de arrefecimento da economia.
“Em nossa avaliação, o resultado de setembro reforça a visão de que o processo de desaceleração da economia brasileira deve se dar de forma gradual ao longo dos próximos meses. Mesmo diante de um ambiente macroeconômico adverso, a atividade segue sustentada por um mercado de trabalho aquecido e pelas recentes medidas de estímulo à demanda. Nesse contexto, o dado de hoje está em linha com a nossa projeção de crescimento do PIB no terceiro trimestre, de 0,3% na comparação com o trimestre anterior”, disse.
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