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Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) cancelou sabatina do indicado de Lula ao STF, marcada, até então, para 10 de dezembro
Metrópoles/Igor Gadelha
Uma declaração do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foi o estopim para Davi Alcolumbre (União-AP) anunciar, na terça-feira (2/12), o cancelamento da sabatina de Jorge Messias, indicado de Lula ao STF.
Segundo aliados, o presidente do Senado ficou irritado com uma entrevista de Wagner no início da tarde da terça, na qual o petista disse a jornalistas que não havia previsão de Lula enviar a mensagem com a indicação de Messias.
A interlocutores, Alcolumbre disse ter visto a fala do líder do governo como mais uma prova da tentativa do Palácio do Planalto de “controlar o calendário” de análise da indicação, prerrogativa que caberia apenas ao Senado.
O presidente do Senado, então, resolveu anunciar logo o cancelamento da sabatina do indicado de Lula ao Supremo para não ficar preso ao que considerou como “jogo” do Palácio do Planalto.
O temor do governo Lula
Lula, como vem noticiando a coluna, anunciou que havia escolhido Messias para uma vaga no STF em 20 de novembro. Desde então, porém, não enviou a mensagem oficial com a indicação ao Senado.
Mesmo sem a mensagem, Alcolumbre marcou a sabatina para o dia 10 de dezembro. Antes disso, o relator da indicação, senador Weverton Rocha (PDT-MA), apresentaria seu parecer na quarta-feira (3/12).
O Planalto, porém, vinha trabalhando para adiar a sabatina. O temor era de que Messias não conseguisse passar no Senado, diante da resistência do presidente da Casa à indicação.
Alcolumbre surpreendeu
A coluna apurou que Alcolumbre não avisou previamente a nenhum ministro ou liderança do governo Lula que adiaria a sabatina. “Ele pegou todos nós de surpresa”, disse um senador governista à coluna, sob reserva.
Segundo aliados do presidente do Senado, mesmo que Lula envie a mensagem com a indicação de Messias nos próximos dias, a sabatina não aconterá em 10 de dezembro. A tendência é de que fique para 2026.
