Filipe Martins foi condenado a 21 anos de prisão por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado
Jovem Pan/Por: Júlia Mano

Filipe Martins teve medidas cautelares impostas contra ele convertidas em prisão domiciliar neste sábado (27) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Recentemente, foi condenado a 21 anos de prisão por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Durante os julgamentos da trama golpista na Primeira Turma do STF, Martins integrou o chamado “núcleo 2”, mesmo grupo do ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques. De acordo com a ação penal, os seis réus teriam elaborado a “minuta do golpe”, que consistia em um plano para assassinar o chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes. Também foram acusados de articular ação no Nordeste para tentar impedir o voto de eleitores da região nas eleições de 2022.
Segundo disse o tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada, Martins foi responsável por apresentar a “minuta do golpe” ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento determinava a convocação de novas eleições e a prisão de adversários do ex-chefe do Executivo.
Filipe Martins foi nomeado por Bolsonaro, no início da gestão, para o cargo de assessor-especial para assuntos internacionais da Presidência da República. Ele fazia parte do grupo da gestão que tinha o filósofo Olavo de Carvalho como guru.
O ex-assessor protagonizou um episódio polêmico durante o governo Bolsonaro. Martins foi indiciado por fazer um gesto avaliado como racista em sessão do Senado. Ele chegou a ser denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal), mas o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, o absolveu.
Filipe Martins é formado em relações internacionais pela UnB (Universidade de Brasília). Antes de assumir cargo no governo Bolsonaro, foi diretor de assuntos internacionais do antigo PSL (Partido Social Liberal). Sigla pela qual o ex-presidente se elegeu e que depois se fundiu com Democratas para formar o União Brasil.
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