Em menos de um mês, quase 500 casos de Covid-19 no Rio de Janeiro foram confirmados pela Petrobrás, sendo que, mais da metade deles passam por aeroportos na área de atuação do Sindipetro-NF. Os números foram apresentados pelo grupo de Estrutura Organizacional de Resposta da Petrobras (EOR) da Petrobrás, nesta quinta-feira, 13, durante uma reunião com a FUP, quando enfim, a gestão da Petrobrás decidiu admitir a explosão de casos de contaminação por Covid-19 em suas unidades.
Só nas últimas duas semanas, Sindipetro-NF recebeu denúncias de mais de 10 plataformas com possíveis surtos de Covid-19, com base nos relatos feitos pelos próprios trabalhadores. Enquanto a Petrobrás, continuava omitindo dados e evitando mostrar a realidade dos fatos.
“Precisamos fazer com que a gestão da Petrobrás entenda a importância de cumprir as normas estabelecidas pelos órgãos de saúde para garantir a vida dos nossos trabalhadores. Por exemplo, é fundamental que os trabalhadores façam o teste não só antes de embarcarem, mas durante o período de confinamento nas plataformas. Estamos falando de vidas e elas devem ser a prioridade”, destacou o diretor do Sindipetro-NF, José Maria Rangel.
Mas, o mais inacreditável é que apesar de ter assumido a situação, a empresa continua se mostrando preocupada apenas nos interessas da companhia e propondo medidas, que só prejudicam o trabalhador.
Cobrada pela FUP sobre providencias adotadas diante do novo surto, a Petrobrás informou a adoção do trabalho em regime híbrido, voltando à situação e regras que predominavam em dezembro último, em cada unidade da empresa.
Em relação ao protocolo de testagem nas unidades da empresa, um dos itens da pauta da reunião, os representantes da estatal disseram estar em fase de implementação das medidas recomendadas por resolução (RDC 584, de 8/12/21) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre elas a testagem de todos os trabalhadores a bordo, quando haja um caso confirmado de contaminação.
“Precisamos entender que o trabalhador está longe da costa, confinado por 15 dias, longe da sua família, vivendo o estresse do trabalho. Tudo que ele não precisa enfrentar é a angustia de não saber o estado de saúde do seu companheiro, que desembarcou com sintomas de Covid ou ficar em isolamento na plataforma. Nós, estamos aqui para defender um ambiente mais acolhedor, que minimize o estresse emocional do trabalhador”, declarou José Maria.
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