Gripe aviária: Fávaro se manifesta sobre compensação a produtores

Ministro da Agricultura defende criação de mecanismo financeiro para apoiar produtores e conter impactos da doença no setor

Metrópoles/

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

 

Em meio ao avanço da gripe aviária no Brasil, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu nesta segunda-feira (19/5) a criação de um fundo específico para enfrentar crises sanitárias no setor agropecuário. A proposta foi apresentada durante entrevista coletiva, na qual ele também falou sobre medidas para reduzir os prejuízos aos produtores.

Segundo Fávaro, o fundo teria recursos públicos e privados e seria destinado a situações como a atual, em que o país lida com o vírus H5N1 em seis estados.

“As crises sanitárias estão cada vez mais constantes e mais vorazes. Esse tipo de mecanismo ainda não existe no Brasil, e eu defendo que seja criado”, afirmou o ministro.

Além do fundo, o ministro mencionou outras medidas já possíveis, como a prorrogação ou renegociação de dívidas para produtores afetados, avaliadas caso a caso.

Gripe aviária no Brasil

O caso em Montenegro, confirmado na última quinta-feira (15/5), envolveu cerca de 17 mil aves. Parte morreu em decorrência da doença, e o restante foi abatido como forma de conter a disseminação do vírus. Foi o primeiro foco da doença registrado em uma granja de produção comercial no Brasil.

A detecção da gripe aviária levou à suspensão temporária das importações de carne de frango brasileira por mercados importantes, como União Europeia, China e Argentina. O Brasil é o maior exportador mundial da proteína, e a medida tem potencial de impactar economicamente o setor.

Fávaro informou que o Ministério da Agricultura está monitorando de perto a situação e que sete novos casos suspeitos estão sendo analisados pelo Serviço Veterinário Oficial. Três já foram descartados, localizados em Nova Brasilândia (MT), Triunfo (RS) e Gracho Cardoso (SE). Os demais, em Aguiarnópolis (TO), Imbituba (SC), Salitre (CE) e Estância Velha (RS), seguem em investigação.

Quanto ao risco de transmissão para humanos, o ministro afirmou que não há motivo para preocupação generalizada. “Os colaboradores da granja afetada estão isolados e sendo monitorados. Fora quem manuseia diretamente as aves, o risco de contaminação é muito baixo”, explicou.

O governo trabalha com a expectativa de que, se novos focos não forem registrados nos próximos dias, o país poderá retomar as exportações em até 28 dias, conforme os protocolos internacionais.

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