Anúncio foi feito na tarde dessa quinta-feira (8) durante reunião com representantes da empresa Natural Energia. Esse é o primeiro projeto no Brasil de energia solar com armazenamento por baterias
SECOM – PMCG – Por: Liliane Barreto – Foto: Thiago Ferrugem / Divulgação

No momento em que o mundo vive o desafio de atender à crescente demanda de energia com menor impacto ambiental, o prefeito Wladimir Garotinho anuncia que o município de Campos vai sediar o primeiro projeto no Brasil de energia solar com armazenamento por baterias, por meio do sistema off-grid (que oferece mais autonomia à população que não tem acesso à rede elétrica tradicional). São mais de R$ 2 bilhões em investimentos com geração de 3 mil empregos. Nessa quinta-feira (8), o prefeito se reuniu no Rio de Janeiro com representantes da empresa Natural Energia, responsável pelo projeto. Campos segue na segunda posição do ranking estadual como maior produtor de energia solar, ficando atrás apenas da capital Rio de Janeiro.
“Uma gigante vitória da nossa cidade, provando que Campos voltou em definitivo para o mapa mundial de investimentos em energia. Obrigado à empresa Natural Energia por acreditar no nosso trabalho e nosso potencial”, afirma o prefeito Wladimir.
O secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves, informa que “Campos se tornou celeiro da geração de energias renováveis, contemplando várias formas de energia limpa, como a energia solar fotovoltaica, etanol, eólica e gás metano, gerado no Centro de Tratamento de Resíduos, em Conselheiro Josino, que gera energia elétrica, posteriormente, injetada na rede”.
“O município de Campos segue sendo pioneiro na geração de energia. Nossa riqueza vem desde o século XIX com a cana-de-açúcar, matéria prima do etanol; e também é a primeira cidade da América Latina a receber iluminação pública elétrica. Depois, veio o petróleo e, agora, desponta com destaque na geração de energia renovável. A chegada da Natural Energia representa um incremento no setor energético”, destaca o secretário.
Ele ressalta, ainda, que a segurança e diversificação energética estão entre os fatores que contribuem para a instalação de empresas em uma região, abrindo caminhos para o desenvolvimento industrial. “Alguns aspectos são fundamentais para que uma empresa se instale no município: abundância de energia, logística — e nós temos estradas, Porto do Açu e aeroporto, além da aprovação de EF-118, ferrovia que vai ligar o Rio de Janeiro ao Espírito Santo”.
Marcelo Neves ressalta ainda que, por ser polo universitário e contar com instituições renomadas com cursos de formação para a área energética, haverá mão de obra especializada disponível para esse novo cenário. “Temos cursos de engenharia elétrica, eletrotécnica, técnico em manutenção elétrica, eletromecânica, entre outros. Além disso, Campos também tem uma secretaria voltada para o setor, que é a de Petróleo, Energia e Inovação”.
“Vivemos uma crescente demanda por energia; uma crise climática e o desafio de melhorar esse cenário de forma sustentável para que o meio ambiente tenha o menor impacto possível. Aliado a isso, várias cidades do país e da Europa, também, vêm registrando instabilidade na energia elétrica, a exemplo do apagão ocorrido na semana passada. O futuro é a energia renovável e, hoje, com várias empresas de energia solar atuando no município e o anúncio da vinda de uma empresa com armazenamento de energia nos apresenta um cenário muito promissor”, diz Marcelo Neves.
Mais energia solar e menos CO2 — De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Petróleo, Energia e Inovação, a evolução da potência de geração solar fotovoltaica de abril a maio atingiu 98.192kW pico e 15.363 instalações beneficiadas. No mesmo período, a energia média produzida, por mês, foi de 14.700 MWh, evitando a emissão de 565 toneladas de CO2. “Isso significa que estamos produzindo mais energia limpa e emitindo menos gás carbônico, contribuindo para a sustentabilidade do planeta”.