INFORMATIVO FLUMINENSE NOTÍCIA EM GERAL
FOGÃOnet/Blog do Mansell
A cara de insatisfação de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, na entrega da premiação ao Botafogo pelo título do Campeonato Brasileiro chamou atenção. Contrastava inclusive com a empolgação de Rubens Lopes, presidente da Ferj, de boa relação com John Textor. O fato deve ter ganho tanto destaque que Ednaldo depois foi cumprimentar o clube pelo título oficialmente. Mas infelizmente isso é o de menos.
A CBF e a Conmebol indiretamente acabam prejudicando o Botafogo na disputa do Mundial de Clubes da Fifa, que para o Alvinegro se inicia nesta quarta-feira contra o Pachuca do México. Tudo por conta do pouco peso político das duas entidades junto à Fifa. Reflexo de gestões caricatas, como a atual da CBF.
Antes o campeão da Libertadores ingressava na competição nas semifinais, assim como o vencedor da Champions League. Agora, não só o vencedor do torneio europeu entra na final diretamente, como o representante da Conmebol precisa ingressar nas quartas de final. Assim o Botafogo, que deveria entrar em campo apenas no sábado, terá que jogar na quarta-feira.
Com todos os defeitos de dirigentes como João Havelange, que presidiu a Fifa por anos, e Ricardo Teixeira, que cuidou da CBF também por longo período, no tempo deles isso dificilmente passaria. Mas agora a Conmebol não tem força nenhuma porque justamente a CBF, seu afiliado mais importante, é uma caricatura do que já foi.
Botafogo que trate de formar bons times
Botafogo foi campeão brasileiro com justiça – Foto: Vitor Silva/Botafogo.
Qual o peso da Seleção Brasileira na gestão de Ednaldo Rodrigues? Nenhum. O Brasil virou motivo de piada em Copas do Mundo por conta de gestões deste naipe. Após o fiasco no Catar, com a eliminação para a Croácia nas quartas de final, a Seleção Brasileira já teve três treinadores e ainda ficou sonhando com Carlo Ancelotti em um mico histórico de Ednaldo.
O Botafogo, e os próximos campeões de Libertadores, vão pagar um alto preço físico justamente por conta deste cenário. A falta de respeito com o futebol sul-americano vai demorar muito para acabar, salvo se os comandos mudarem, principalmente o da CBF. Até lá o Botafogo que trate de formar grandes times para se livrar dessas ciladas.
