Deputado afirma que não concluir obras de Angra III irá gerar prejuízo de R$ 21 bilhões e retrocesso para o País. Retomada será decidida dia 18

Por: Ascom

Deputado Júlio Lopes (PP – RJ) – Divulgação

 

Terceira maior usina nuclear do Brasil, Angra III, localizada na Costa Verde, no litoral sul do Rio de Janeiro, terá seu destino definido durante reunião extraordinária realizada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no próximo dia 18, que deverá determinar um possível acordo onde a Eletronuclear não seja obrigada a investir na retomada das obras da usina.

São aguardadas as presenças de representantes de diversos ministérios. Para o presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), deputado Júlio Lopes (PP), se Angra III já estivesse em funcionamento, não haveria a necessidade de se aplicar a bandeira vermelha nas contas de luz em razão de sua capacidade energética de 1.400 megawatts, gerando enorme economia para milhões de consumidores.

– As obras de Angra III já se arrastam desde 1980, e deixá-las de lado significa um prejuízo de cerca de R$ 21 bilhões, além de um enorme retrocesso na tecnologia de nosso país que irá inviabilizar um projeto
que pode impulsionar o ciclo completo do enriquecimento de urânio para fins pacíficos no Brasil.

Angra III é a maior perspectiva de independência energética para o Rio de Janeiro com 70% de sua energia sendo provida por energia nuclear; uma tecnologia brasileira sendo disponibilizada a serviço de toda a população. O Brasil é um dos 10 países do mundo que domina o ciclo nuclear inteiro desde a extração do urânio até seu enriquecimento em 20%, ou seja, muito maior do que se precisa ter para todas as usinas nucleares, que é de apenas 5% – explicou. Júlio lembra ainda que o projeto de lei 1379/23 restabelece o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares (Renuclear), que será aplicado aos projetos aprovados até 31 de dezembro de 2025.

O Renuclear foi criado para viabilizar o desenvolvimento de usinas nucleares no País, e prevê também que as compras, importações e locações realizadas entre julho de 2021 e dezembro de 2028 por empresas habilitadas no Renuclear, terão direito à suspensão de IPI, Imposto de Importação, Cofins e contribuição ao PIS/Pasep sobre diversas operações.

Ele afirma também que as novas tecnologias na área nuclear devem ser implementadas com a apresentação de novas ações no setor, viabilizando sua utilização em todas as áreas como na produção de alimentos e na medicina, trazendo enorme benefício para a população; e por ser uma energia boa, barata e de qualidade permanente, pode no futuro desempenhar um papel fundamental na luta contra a descarbonização do planeta, além de ser de grande importância na transição de uma energia limpa para o mundo.

– Temos a quinta maior reserva mundial de urânio, o que nos permite já com as reservas reconhecidas e testadas, ter um programa de securitização com base na exportação da ordem de aproximadamente de $7 bilhões de dólares em 10 anos, o que nos garante o financiamento do programa nuclear brasileiro inteiro somente com base na securitização de exportações. A mina de Santa Quitéria, no Ceará, por exemplo, irá produzir a partir de 2026 cerca de 2,3 toneladas de urânio, gerarando aproximadamente USS 400 milhões de dólares anuais em royalties – disse.

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