Maduro disse ainda que há um suposto plano para levá-lo a “um banho de sangue” com um “massacre” contra os venezuelanos

CNN Brasil / Carlos Rodriguez | Andes.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou estar preparado para uma “luta armada” caso seu país seja invadido pelos EUA. A tensão entre os dois países tem escalado após a mobilização no Caribe anunciada pelo governo de Trump.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira (1º), em uma coletiva de imprensa, na qual Maduro alegou ainda que os possíveis canais de comunicação com os Estados Unidos estão “arruinados” e que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quer “levá-lo a um banho de sangue (…) com um massacre contra o povo da Venezuela”.
“Nós estamos em um período especial de preparação máxima. E em qualquer circunstância, vamos garantir o funcionamento do país”, disse Maduro a jornalistas.
“Se a Venezuela for agredida, passaria imediatamente ao período de luta armada em defesa do território nacional e da história e do povo da Venezuela”, acrescentou.
“Nós sempre (…) temos os canais de conversa, de diálogo e diplomáticos abertos. Com os Estados Unidos temos dois, agora os dois estão arruinados”, concluiu o Venezuelano.
Tensão entre EUA e Venezuela
No último mês de agosto, Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de “ameaças” dos Estados Unidos, enquanto o governo Trump enviou navios de guerra à costa venezuelana.
Os três navios possuem cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais, em uma operação militar voltada ao combate ao narcotráfico na América Latina. A operação dos EUA teveinício após o governo Trump anunciar US$ 50 milhões em recompensa pela prisão de Maduro.
Os navios americanos seguem mobilizados na região do Caribe, enquanto Trump alega que a operação é para o combate de tráfico de drogas internacional. Maduro, por outro lado, continua mobilizando o país para um possível ataque estadunidense.