Gaby Spanic sobre “A Fazenda”: “Se fosse na Inquisição, eu estaria morta”

Gaby Spanic falou pela primeira vez sobre a expulsão de “A Fazenda 17” no “Hoje em Dia” desta terça-feira (21). A atriz de “A Usurpadora” explicou sua atitude na noite de domingo (19), quando deu um tapa na cara de Tamires Assis, e analisou sua passagem pelo reality show da Record.

“Eu não aguentava mais tanta violência, uma energia pesada, agressões verbais, muito bullying por minha maneira de falar português e não gostava da maneira que tratavam a Tamires. A garrafa de água [que Fernando Sampaio jogou no rosto da dançarina], várias mulheres contra uma só. Se eles vivessem na época da Inquisição, eu estaria morta”, disse, comparando ao período da Idade Média em que quem agisse contra os dogmas da igreja Católica era julgado e punido.

A atriz recorda que passou mal na discussão com Fernando Sampaio. “Naquela noite quase fiquei infartada, tive muita ajuda psicológica. Eu me senti muito machucada, achei que iria infartar. Eu me defendi, falei a verdade na cara dele. Quando um homem maltrata uma mulher, quer que ela tenha medo, acha que pode dominá-la. Quando você fala que não tem medo, o agressor fica um pouco desarmado. Enfrentei com valentia”, orgulha-se.

Sobre o tapa em Tamires que causou sua expulsão, Gaby confessa que agiu de caso pensado e que não gostava de ver mulheres umas contra as outras. “Foi proposital, era única maneira de sair, por minha saúde mental. Várias vezes me faltaram com respeito, achavam que eram o último refrigerante do deserto, as donas da casa. Provoquei minha expulsão porque queria evitar o enfrentamento com outras mulheres. Eu não sou assim”.

Ela não se mostra arrependida de ter participado de “A Fazenda“. “É um experimento social muito importante. Eu sei que é um dinheiro legal, todos sonhamos com esse prêmio, mas a dignidade não tem preço. Não pensava que seria tão difícil, tão ruim. Dei o melhor de mim, não estava atuando. Agradeço muito ao convite. Nunca tive problema com a produção, só com os peões. Quando cheguei, recebi muito carinho, depois tudo mudou. Não achei que chegaria a algo tão extremo, de esquecerem que somos seres humanos e devemos ajudar uns aos outros. Se tivessem uma pistola, eu estaria morta”, avalia.