Assim como sugeriu fazer com o empréstimo consignado, governo quer baixar juros da fatura parcelada do cartão; veja como reverter o cenário contra os bancões. (Imagem: flickr).

Haddad quer baixar juros do rotativo na marra, bancos fazem jogo duro e empresa mostra como ‘virar o jogo’ e receber pagamentos todos os meses

Por: Money Times
Assim como sugeriu fazer com o empréstimo consignado, governo quer baixar juros da fatura parcelada do cartão; veja como reverter o cenário contra os bancões. (Imagem: flickr).
Em um novo embate entre o governo federal e os grandes bancos brasileiros, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer acertar com banqueiros e representantes do setor uma solução para os juros do cartão de crédito rotativo.
Segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC), na quarta-feira passada (26), a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiu de 417,4% ao ano, em fevereiro, para 430,5% ao ano em março.
Segundo a instituição, esse é o maior patamar desde março de 2017, quando estava em 490% ao ano.
O crédito rotativo do cartão costuma ser cobrado de quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento.
O patamar elevado da taxa rotativa chamou a atenção do ministro que disse que irá negociar com os grandes bancos uma redução da taxa de juros cobrada neste tipo de operação.
Segundo o ministro, o atual modelo de cobrança dos juros rotativo está prejudicando a população de baixa renda e uma grande fatia de pessoas que possuem restrições nos órgãos de proteção ao crédito.
De acordo com Fernando Haddad, a reunião envolveu CEOs de grandes bancos, entre eles estão:
  • O presidente do Bradesco (BBDC4), Octavio de Lazari
  • O presidente do Itaú (ITUB4), Milton Maluhy
  • O presidente do Santander (SANB11), Mario Leão
  • A CGO do Nubank (NUBR33), Cristina Junqueira
A situação lembrou muito a tentativa do governo de baixar os juros do empréstimo consignado. Após ‘canetada’ do governo, instituições como Itaú e a própria Caixa chegaram a suspender o crédito por considerá-lo inviável.
Resposta dos ‘bancões’
Os bancos afirmam que as altas taxas não são um problema fácil de resolver e alegam que estão longe de chegar a soluções com o governo federal.
O grande problema desse tipo de crédito é que a inadimplência é altíssima entre quem já não paga a fatura do cartão no prazo.
Portanto, representantes do setor disseram que estudam algumas medidas, como oferecer taxas mais acessíveis a clientes pontuais, que ficam pouco tempo no rotativo.
Uma das principais justificativas apresentadas para os juros elevados é o fato de que os consumidores podem parcelar sem juros, algo que só existe no Brasil, e que deixa o risco integral com os emissores do cartão.
Mas o que poucos sabem é que, ao invés de ficar refém das altas taxas de juros e viver pagando juros todos os meses, existe uma possibilidade de ganhar muito dinheiro estando do outro lado da ‘moeda’.
Enquanto a grande maioria das pessoas não consegue equilibrar suas contas no final do mês, um grupo de investidores segue enchendo o bolso se aproveitando dos altos juros e assim recebe dinheiro dos grandes bancos e empresas bilionárias.
É isso mesmo: existe a possibilidade de os bancos e empresas depositarem dinheiro em sua conta todos os meses, sem nenhum esforço da sua parte.

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