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Grupo terrorista pede o monitoramento de alguns dos aspectos que Israel ainda não cumpriu, como a entrega de ajuda humanitária nas quantidades necessárias e o trabalho urgente de reconstrução
Por: Jovem Pan
O grupo terrorista Hamas pediu nesta sexta-feira (17) aos mediadores e garantidores do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza que “cumpram seu papel de monitorar” a implementação do acordo em alguns dos aspectos que Israel ainda não cumpriu. Entre eles estão “a entrada de ajuda (humanitária) nas quantidades necessárias, a provisão de todas as necessidades básicas dos cidadãos da Faixa de Gaza, a abertura da passagem de Rafah em ambas as direções para os cidadãos e o trabalho urgente de reconstrução”, pontua um comunicado do Hamas.
Além desses tópicos, o Hamas enfatizou a necessidade de iniciar “imediatamente” a criação do “Comitê de Apoio Comunitário”, a organização de 15 tecnocratas independentes para administrar a Faixa de Gaza pós-guerra, aprovada pelas vários grupos palestinos sob o acordo de cessar-fogo. O Hamas solicitou assim a criação da entidade para “iniciar seu trabalho de administração da Faixa de Gaza e concluir a retirada das forças de ocupação (israelenses) para os locais acordados”. A organização, que governa Gaza, pediu maior acesso humanitário, já que os hospitais e a população do enclave continuam desabastecidos.
O governo de Gaza anunciou na quinta-feira (16) que 480 caminhões com ajuda humanitária entraram no enclave no dia anterior, três com gás de cozinha e seis com combustível. No entanto, mesmo assim, o governo observou que “as quantidades que entraram são muito limitadas e não cobrem nem mesmo as necessidades mínimas de vida e humanitárias” da população. “A Faixa precisa de 600 caminhões de ajuda que devem fluir continuamente e em grandes quantidades”, enfatizou o governo em comunicado.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que, até quarta-feira (15), 190.000 toneladas de ajuda foram autorizadas pelas autoridades israelenses e estavam em vias de entrar em Gaza. No entanto, os habitantes de Gaza ainda aguardam a abertura da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, para a passagem de pessoas, o que, de acordo com a imprensa israelense, está sendo adiado por Israel em resposta à demora do Hamas em entregar os corpos dos reféns desaparecidos.
*Com informações da EFE
Publicado por Nícolas Robert
