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O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou avanço de 0,05% em março, em meio à queda nos preços ao produtor e desaceleração da alta ao consumidor, com o acumulado em 12 meses indo ao menor patamar em cinco anos.
A leitura mensal do indicador divulgada nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, após variação positiva de 0,02% no mês anterior.
Assim, o IGP-10 passa a acumular em 12 meses alta de 1,12%, contra 2,26% em fevereiro, alcançando o menor patamar desde março de 2018 nessa base de comparação.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve recuo de 0,07% em março, após cair 0,14% no mês anterior.
De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços, a principal contribuição para a taxa negativa partiu dos Produtos Industriais (de 0,10% para -0,32%), sob influência de Produtos Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (de -1,07% para -2,33%). Também se destacaram as quedas de Produtos Alimentícios (de -0,89% para -1,24%) e Produtos Químicos (-1,58% para -1,69%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, desacelerou a alta a 0,47% no mês, de 0,55% em janeiro, com recuo de 1,04% nos custos de Educação, Leitura e Recreação, após alta de 1,51% no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,12% em março, contra alta de 0,33% em fevereiro.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.