Por: ASCOM – PMSFI

O mundo de sons e brincadeiras que marcou o evento “Bom é ser Criança” esta semana, em frente à sede da prefeitura de São Francisco de Itabapoana, não passou despercebido aos alunos surdos do município. Foi o caso da aluna Vitória Camilo, de 10 anos, estudante do 4º ano da Escola Municipal Acarino Rosa Moraes, em Volta Redonda. Para não perder nenhum detalhe, ela estava acompanhada do intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) Edson Viana, que também é surdo.
Mas, não é só nos eventos extracurriculares que Vitória tem esse apoio. A menina conta com apoio também em sala de aula. Diretora da Escola Acarino Rosa Moraes, Vegna Oliveira diz que a unidade tem dois alunos surdos, que contam com o apoio do intérprete. “É essencial essa ajuda, porque a criança consegue interagir com o mundo, nas atividades escolares e no ensino-aprendizado. Inclusive, estou aprendendo Libras para conseguir interagir melhor com eles”.
Atualmente, o município conta com oito alunos surdos oficialmente matriculados e um em processo de confirmação, que ainda aguarda o laudo médico para oficialização. Para atender a esse público, há quatro intérpretes de Libras, sendo dois deles surdos.
Segundo o coordenador geral da equipe multidisciplinar da SMECT, Felipe Miranda Mota, a presença do intérprete é essencial não só para a comunicação e aprendizagem, mas também para garantir que a criança se sinta parte da sociedade, tenha autonomia, independência, e possa participar de tudo com igualdade.
— A inclusão precisa ser vivida todos os dias, dentro e fora da escola. Esse é o compromisso que temos assumido, e buscamos aperfeiçoar a cada passo. Estamos trabalhando com todo afinco, mas sabendo que ainda há muito por fazer no aperfeiçoamento do atendimento educacional especializado desses alunos. Não vamos parar até que todos estejam devidamente assistidos e em desenvolvimento, não apenas pelo caráter da legislação, mas principalmente no caráter humano — disse Felipe.
Na última quinta-feira (1º), foi realizado um evento de conscientização sobre a inclusão e a Libras. Os participantes puderam compreender melhor o tema e aprender alguns sinais básicos, fortalecendo a comunicação e o respeito à diversidade.
— Vale destacar também o quanto a participação da família faz diferença nesse processo, desde a aceitação até a parceria no dia-a-dia. Além disso, temos uma equipe multidisciplinar muito engajada, que vem sendo fortalecida pela atual gestão, tanto pela prefeita Yara Cinthia quanto pela Secretaria de Educação, o que tem permitido um trabalho mais integrado e humano — afirmou o coordenador.