Lewandowski diz que vai enviar 20 peritos ao RJ após megaoperação

Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, diz que envio de peritos é o primeiro resultado do novo escritório emergencial pós-operação no RJ

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Aline Massuca/ Metrópoles

 

 

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quinta-feira (30/10) o envio imediato de 20 peritos da Polícia Federal ao Rio de Janeiro para atuar nas investigações da megaoperação que deixou mais de 120 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.

Segundo o ministro, a medida atende a um pedido formal do governo fluminense e representa o primeiro “resultado concreto” do escritório extraordinário criado para integrar as ações entre autoridades federais e estaduais.

“Nós vamos enviar 20 peritos da Polícia Federal especializados não só em necropsias, mas também em balística, exames de DNA. Acabo de falar com o governador Cláudio Castro, avisando que vamos enviar ao Rio imediatamente esse contingente. Já existem alguns baseados no estado que vão se apresentar. E nós estamos recebendo a requisição do secretário de Segurança Pública pedindo esses peritos”, afirmou Lewandowski, em entrevista ao Estúdio i, na GloboNews.

Os profissionais enviados incluem especialistas em necropsia, balística e exames de DNA, que atuarão na identificação dos corpos e na análise da cena do crime.

O ministro informou ainda que de 10 a 20 peritos da Força Nacional poderão ser deslocados, “dependendo da necessidade local”.

Escritório emergencial

Lewandowski destacou que a decisão simboliza o funcionamento do novo escritório emergencial de comunicação criado nesta semana, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O órgão busca evitar entraves burocráticos e permitir respostas mais rápidas em situações de crise.

“É uma forma rápida de se resolver os problemas sem enfrentar toda a burocracia que tradicionalmente existe”, afirmou.

Cooperação entre os governos federal e estadual

Nessa quarta-feira (29/10), Lewandowski e Cláudio Castro anunciaram uma cooperação entre os governos federal e estadual para reforçar o combate ao crime organizado no Rio. O governador classificou o momento como uma “oportunidade de união das forças de segurança” e disse que o foco agora é garantir respostas à população.

A megaoperação, realizada na terça-feira (28/10), é considerada a maior da história do estado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram 121 mortos, 113 presos e 118 armas apreendidas, incluindo 91 fuzis, além de explosivos e drogas.

As forças de segurança afirmam que o objetivo era conter a expansão do Comando Vermelho (CV) e prender lideranças que atuam em diferentes regiões do país. O confronto, que durou mais de 12 horas, deixou ainda três moradores feridos por balas perdidas e espalhou corpos por áreas da Penha e do Alemão, segundo relatos de moradores e lideranças comunitárias.

A atuação dos peritos federais deve começar ainda nesta semana, com foco na identificação das vítimas e na coleta de provas que ajudem a esclarecer as circunstâncias da operação.

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