Lira: “Se não puder discutir temas do STF, não sei para que Congresso”

Lira, presidente da Câmara, deu a declaração durante pergunta sobre PL do Aborto em evento de mulheres parlamentares do G20, em Maceió (AL)

Metrópoles/Gabriel Buss

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira (1º/7) que se o Congresso não puder discutir decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) ou do Conselho Federal de Medicina, o congressista “não sabe para que serve” o Congresso Nacional.

A declaração foi feita em coletiva à jornalistas na 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, fórum legislativo do G20, em Maceió (AL), quando o deputado foi perguntado sobre o projeto de lei (PL) do aborto.

“Pauta mal conduzida com relação às versões que saem, publicadas. Se discutia a permanência, ou não, ou de que forma ou não, o método usado para praticar o aborto já previsto em lei, chamado assistolia, se seria referendado, ou não, uma decisão do STF com relação a uma decisão do Conselho Federal de Medicina. E se o Congresso da República, Senado e Câmara, não puderem discutir o que se discute nos conselhos federais e no STF, não sei para que serve o Congresso Nacional”, disse o deputado.

Lira: PL do Aborto será discutido no Congresso

O parlamentar reforçou que o tema do PL vai ser discutido em um grupo especial no segundo semestre. “[A pauta] Foi sobrestada, vai ser levada no segundo semestre com muito debate, muita discussão, muita clareza para que não se criem versões para PL que não existe”, argumentou.

Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, conhecido como PL do Aborto, ficou para o próximo semestre depois da forte repercussão negativa sobre a proposta, com manifestações públicas nas ruas do país pelo arquivamento do texto. O presidente da Câmara foi um dos alvos dos protestos e acabou tendo sua imagem política desgastada.

Com a negatividade do tema, o presidente da Câmara anunciou a criação de uma comissão especial para discutir o projeto. O deputado do PP prometeu que “nenhum direito” das mulheres será revogado.

O texto original equipara o aborto acima de 22 semanas ao crime de homicídio, com pena de até 20 anos, e inclui mulheres e crianças estupradas. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor da proposta, já admitiu que deve mudar o texto e não penalizar com prisão mais a mulher que optar por interromper a gestação.

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