Maduro receberá ‘salvo-condutos’ para deixar poder na Venezuela, diz líder da oposição

María Corina Machado falou à imprensa sobre a possibilidade de uma transição de poder em meio à desconfiança internacional sobre resultado das eleições

EXAME/AFP/Agência de notícias

Esta combinação de imagens de arquivo criadas em 2 de agosto de 2024 mostra o presidente venezuelano Nicolás Maduro (E) falando durante uma coletiva de imprensa com a mídia internacional após a eleição presidencial, em Caracas, em 31 de julho de 2024, e a líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado ouvindo durante uma coletiva de imprensa após o anúncio dos resultados da eleição presidencial, em Caracas, em 29 de julho de 2024. A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado convocou protestos “em todas as cidades” do país em 3 de agosto para denunciar a disputada reeleição do presidente Nicolás Maduro. A nação latino-americana rica em petróleo foi mergulhada em uma crise política depois que Maduro foi declarado pelo Conselho Eleitoral Nacional alinhado ao governo como o vencedor da eleição de domingo. (Foto de Federico PARRA / AFP) (Federico PARRA/AFP)

 

María Corina Machado disse à imprensa que oferece ao atual governante Nicolás Maduro “garantias, salvo-condutos e incentivos” diante de uma “transição negociada”  de poder, caso o atual presidente deixe o cargo em meio à denúncias de fraude e a certeza da oposição que o grupo venceu o pleito.

De seu esconderijo, para onde foi na semana passada por temer por sua vida, Machado respondeu em áudio a um questionário enviado pela AFP através de sua equipe.

A líder da oposição fala em uma “negociação para a transição democrática, que “inclui garantias, salvo-condutos e incentivos para as partes envolvidas, neste caso o regime que foi derrotado nestas eleições presidenciais”.

“Estamos decididos a avançar em uma negociação”, insiste ela. “Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação”, disse a opositora de 56 anos.

Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de chavismo, proclamou a vitória de Maduro por 52% dos votos, embora não tenha publicado os detalhes do pleito, alegando que o seu sistema foi hackeado.

A oposição afirma que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições com 67% dos votos e apresenta como prova um site com cópias de mais de 80% das atas digitalizadas.
O chavismo rejeita tal argumento e diz que ele é forjado.

Maduro pediu à Suprema Corte que valide sua reeleição, um processo que a oposição e acadêmicos consideram inadequado.

Maduro perdeu completamente, absolutamente, a legitimidade (…) Todos os venezuelanos e o mundo sabem que Edmundo González venceu de forma esmagadora e que Maduro pretende impor a maior fraude da história deste país”, insistiu Machado.

“Sinto-me profundamente orgulhosa do que fizemos, do que a sociedade venezuelana fez, superando todos os obstáculos nas eleições mais desiguais e arbitrárias em termos de abusos e abusos do regime”, acrescenta.

Além disso, verifique

Concurso unificado: resultados individuais já podem ser consultados

Candidato é informado por e-mail, whatsapp e edital no Diário Oficial Agência Brasil/Daniella Almeida   …