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Atriz relembrou apoio recebido de Gloria Pires após atravessar fase crítica
Metrópoles/Fábia Oliveira
Narjara Turetta relembra um dos períodos mais difíceis de sua trajetória pessoal ao falar sobre a morte de sua mãe, dona Maria Antônia, ocorrida em 2018.
A perda, que interrompeu uma convivência de toda uma vida, mergulhou a atriz em um quadro profundo de depressão. Por muito tempo, ela manteve a situação em reserva, até decidir revisitar o tema em sua autobiografia, A Reinvenção – altos e baixos da minha vida.
Em entrevista ao colunista Marcos Bulques, na residência da artista no Rio de Janeiro, Narjara voltou ao momento em que sentiu que não conseguiria seguir adiante. Ela recorda ter contado com o apoio de importantes amigos, que foram fundamentais para que conseguisse atravessar aquela fase.
Amigos foram o primeiro apoio
“Eu tive alguns amigos muito queridos que me deram muita força. Eu tomei remédios para ir embora dessa para melhor. Eu estava aqui [em casa] sozinha. Essa casa foi o apartamento que eu vivi mais tempo com minha mãe […] tudo aqui me lembra ela, lugares que eu passo, músicas que escuto”, disse.
Segundo a atriz, a depressão se intensificou a ponto de ela considerar que não havia saída. “Realmente, entrei numa depressão muito grande e eu tomei remédio, só que aí eu comentei com a Cida, que foi cuidadora da minha mãe e virou minha amiga […] falei para ela, que queria ir dessa para melhor e tomei remédio e ela desesperada, ligou para a Glorinha [Pires], Glorinha ficou desesperada, mandou motorista […]”, relatou.
A consciência de que a atitude feria a memória da própria mãe foi surgindo aos poucos. “Vai caindo a ficha, minha mãe não gostaria disso, esse desespero que a gente tem, não é por aí, a vida continua”, afirmou Narjara.
Ajuda decisiva de Gloria Pires
Depois do episódio, ela recebeu um gesto de carinho determinante para sua recuperação: Gloria Pires, sua amiga de longa data, presenteou-a com uma passagem para os Estados Unidos. A atriz aproveitou a viagem para reencontrar familiares, o que contribuiu para reconstruir sua rotina.
“Ganhei [a passagem] de presente de aniversário, fui ver minhas primas que moram lá, essa aproximação com a família foi muito legal e logo depois, eu engrenei num trabalho maravilhoso na Record, que eu amo, que foi Jezabel, um trabalho que me deu muita alegria”, lembrou.
Hoje, ao olhar para trás, Narjara afirma ter encontrado novos sentidos para a própria história.
“Vai caindo a ficha, minha mãe não gostaria disso, esse desespero que a gente tem, não é por aí, a vida continua. Que bom que eu tive uma mãe maravilhosa, que bom que eu tive um pai maravilhoso e eu faço muita questão de falar deles no meu livro, porque tudo que eu sou, a minha formação, a minha personalidade, vieram de pais maravilhosos que eu tive”, concluiu.
Busque ajuda
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar por meio do número 188. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, podem buscar ajuda por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.
O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, como à distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.
Na rede pública de saúde, a assistência psicológica pode ser encontrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), hospitais e unidades básicas de Saúde.
