Governo mal começou, mas atores influentes no Planalto, na Câmara dos Deputados e na máquina petista já pregam a demissão do ministro
Veja/Por Daniel Pereira

Com apenas cinco meses de governo, atores influentes no Palácio do Planalto, na Câmara dos Deputados e na máquina partidária petista já pregam a demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Motivo: o capitão do time de Lula, o ocupante do cargo mais poderoso da Esplanada, é convenientemente responsabilizado por quase tudo o que deu errado até agora.
De uma forma geral, os críticos de Costa alegam que ele não tem trânsito com políticos, não sabe atuar no Congresso e age na Casa Civil como se ainda fosse governador da Bahia, tratorando colegas e demonstrando má vontade para o diálogo, inclusive com deputados e senadores, dos quais o presidente da República depende para aprovar projetos prioritários. O ministro tem poucos amigos e muitos desafetos em Brasília, e o seu cartel de embates é extenso.
Ele bateu de frente com a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sobre indicações para o Conselho de Administração da Petrobras. Integrantes do secretariado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acusam o chefe da Casa Civil de minar o trabalho da equipe econômica. No Congresso, a situação é ainda pior. Além da miríade parlamentar sedenta por benesses oficiais, Costa tem Haddad, acusam o chefe da Casa Civil de minar o trabalho da equipe econômica. No Congresso, a situação é ainda pior. Além da miríade parlamentar sedenta por benesses oficiais, Costa tem contra ele o o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, que é adversário político dele na Bahia e aliado do presidente da Casa, Arthur Lira.
Mesmo no PT são poucos os que pensam em defender o chefe da Casa Civil, que está rompido até com seu padrinho político, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, que não concordou com a escolha da esposa de Rui Costa para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas da Bahia. Os críticos de Costa lembram que ele, ao contrário de outros ministros, não tem mandato parlamentar. Ou seja: se for demitido, volta para casa. Até aqui, Lula, que é quem nomeia e exonera, não parece disposto a abrir mão de, como ele mesmo definiu, sua “Dilma de calça”.
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