Venezuela: González ganha asilo e vai tomar posse em 2025, diz aliada

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse que Edmundo González chegou à Espanha para asilo e tomará posse em 10/1/2025

Metrópoles/Flávia Said

Marcelo Perez del Carpio/Getty Images

 

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado (foto em destaque), disse neste domingo (8/9) que Edmundo González (também na foto) tomará posse como presidente constitucional e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Nacionais no dia 10 de janeiro de 2025.

Em carta para os venezuelanos, ela informou que González deixou o país para preservar a sua liberdade e a sua integridade e já está na Espanha, onde pediu asilo.

O adversário de Nicolás Maduro era alvo de um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana por crimes eleitorais.

A eleição na Venezuela é contestada por autoridades e organizações internacionais, que demandam que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, controlado por autoridades chavistas, dê transparência e mostre as atas eleitorais. O grupo opositor se diz vitorioso, enquanto o chavista se mantém no poder.

“A partir da nossa vitória histórica em 28 de julho de 2024, o regime desencadeou uma onda brutal de repressão contra todos os cidadãos, classificada como terrorismo de Estado”, escreveu Corina na carta, que foi divulgada pelas redes sociais.

Ela prosseguiu: “A sua vida [de González] estava em perigo, e as crescentes ameaças, intimações, mandados de detenção e até as tentativas de chantagem e coação a que foi sujeito demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites na sua obsessão em silenciá-lo e tentar subjugá-lo”.

Segundo a aliada, González “lutará de fora ao lado da nossa diáspora”, e ela seguirá atuando dentro do território venezuelano.

No início de agosto, a oposição autoproclamou González como o novo presidente da Venezuela. Não é a primeira vez em que um opositor é autoproclamado presidente daquele país. Em 2019, o então presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, se autodeclarou presidente interino e foi reconhecido por vários países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, que na época eram governados por Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente. O caso acabou levando a Venezuela a romper em definitivo as relações com os EUA.

Entenda

Ex-diplomata de 74 anos, González foi escolhido para representar a eleição no pleito de 2024 pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), após os candidatos iniciais, María Corina Machado e Corina Yoris, serem impedidos de concorrer.

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