A presença de atrações da música gospel na virada do ano no Rio de Janeiro acabou criando uma crise religiosa nas redes sociais
Metrópoles/Vinícius Veloso

O Réveillon 2026, no Rio de Janeiro, terá um palco gospel na Praia do Leme. A ideia, entretanto, gerou diversas críticas ao prefeito Eduardo Paes (PSD) nas redes sociais.
O político publicou um texto, celebrando a entrada de um novo estilo musical na festividade e rechaçando o preconceito.
“É impressionante o nível de preconceito dessa gente. O Réveillon da Praia de Copacabana é de todos! A música gospel também pode ter seu lugar. Assim como o samba, o rock, o piseiro, o frevo, a música baiana, a MPB, a bossa nova… Cada um que fique no ritmo que mais curte! O povo cristão também tem direito a celebrar! Amém! Axé! Shalom! Namastê!”, escreveu o prefeito no X.
Atrações do palco gospel no Réveillon do Rio de Janeiro em 2026
Apesar da intenção de amenizar as críticas, a publicação gerou uma nova crise e revoltou os internautas.
“Quem é ‘essa gente’, prefeito? Por acaso você está falando da gente que teve sua cultura apropriada e ainda hoje segue sendo perseguida e marginalizada? Se essa cambada de ‘cristãos’ hoje usa branco no Réveillon e bebe na praia no Réveillon é porque aprenderam com os macumbeiros”, defendeu uma.
“É impressionante o nível de preconceito do prefeito do Rio. Cadê o Palco Macumba?”, reivindicou mais um.
Outro citou, ainda, a chegada das eleições como motivação para a criação do palco gospel. “A gente sabe o motivo do palco gospel, Eduardo… 2026 é logo ali, não é verdade? Não precisa desafiar nossa inteligência, não”.
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