Papa pede “estabilidade e união” após deposição de Bashar al-Assad na Síria

Em 2017 o pontífice doou 100 mil euros para cidade de Aleppo

Christopher Lamb e Antoinette Radford, da CNN

O Papa Francisco discursa durante a audiência geral semanal, na sala Paulo VI, no Vaticano, em 11 de dezembro. • Remo Casilli/Reuters

 

O Papa Francisco expressou que espera que uma “solução política possa ser alcançada” na Síria “criando estabilidade e união no país”.

O pontífice falou nesta quarta-feira (11) que estava orando para que a população síria “viva em paz e segurança em sua terra natal e que as diferentes religiões possam caminhar juntas em amizade, em respeito mútuo por seu país, que tem sido afligido por muitos anos de guerra”.

Em 2017, o líder da Igreja Católica doou 100 mil euros para a cidade de Aleppo utilizar na ajuda dos necessitados na Síria devastada pela guerra.

O país árabe foi governado por 50 anos pela família Assad e dominado por uma guerra civil desde 2011, antes de grupos rebeldes invadirem o noroeste do território e assumirem o controle da capital Damasco no domingo (8).

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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