Haddad disse não ser papel do Ministério da Fazenda pressionar de um “lado ou de outro” nessa discussão.
O ministro argumentou que a decisão do conselho da Petrobras foi tomada levando em conta que a distribuição dos dividendos extraordinários será feita à medida que ficar claro para o colegiado que essa divisão não vai comprometer o plano de investimento da empresa.
Haddad disse ainda que o governo não depende dos recursos da Petrobras para cumprir sua ambiciosa meta de zerar o déficit primário já em 2024.
Mal não faria
Embora reconheça que o dinheiro reforçaria as contas do Tesouro, Haddad ressaltou que o Orçamento de 2024 não conta com esses recursos.
O comentário de Haddad vem à tona em um momento no qual a viabilidade da meta é questionada e circulam rumores de que ela poderia ser revisada.
“O que consta do orçamento vai ser distribuído, inclusive acima do previsto no orçamento, pelos lucros ordinários das estatais. Inclusive teve Banco do Brasil com lucro acima do previsto, várias empresas com lucro acima do previsto, e por isso os dividendos ordinários serão superiores ao previsto no orçamento. (A decisão da Petrobras) não compromete o primário. Se distribuir mais, ajuda, mas o que consta do orçamento é o que está lá e vai ser performado naturalmente.”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
Mas quem discutiu os dividendos da Petrobras?
Tanto Haddad quanto Silveira negaram que a questão dos dividendos tenha sido discutida na reunião com Lula.
Em postagem no X (antigo Twitter), Lula escreveu que a conversa girou em torno de “investimentos em fertilizantes, transição energética, enfim, no futuro do nosso país”.
Haddad ressaltou ainda que a conveniência de quanto ou quando será a distribuição é uma decisão que caberá à Petrobras.
Já o ministro Silveira disse que tanto ele quanto Fernando Haddad e Rui Costa, trabalham em sinergia com o presidente Lula.
“Ninguém está ameaçado. O governo é um só”, disse, acrescentando que Lula respeita a governança da Petrobras.
*Com informações do Estadão Conteúdo.