Procuradoria afirma que manifestações encaminhadas ao STF seguem requisitos legais; senadores criticam decisão, falam ‘vergonha para a instituição’ e prometem recorrer
Por: Jovem Pan

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta terça-feira, 26, reforçando o caráter técnico e fundamentado das manifestações expedidas, o que inclui os posicionamentos pelo arquivamento de sete das 10 apurações preliminares envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros e ex-ministros do governo federal, abertas com base nas conclusões obtidas pela CPI da Covid-19.
Em nota, a Procuradoria afirma que as manifestações encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) seguem requisitos legais e atendem a regramentos específicos do Direito Penal, citando diligências e oitiva de testemunhas como exemplos da atuação do órgão nos últimos meses. A instituição reforça ainda a atuação do Ministério Público, em comparação com a finalidade política do colegiado. “Embora importantíssimo, o papel da Comissão Parlamentar de Inquérito tem caráter político.
Já o Ministério Público tem sua atuação limitada pelos princípios que regem a atividade jurídica, o que inclui o respeito ao devido processo legal, à garantia de ampla defesa e à cadeia de custódia de eventuais provas, fundamentais para evitar futuras anulações. Parâmetros que têm o propósito de protege cidadãos e a sociedade contra os abusos do Estado, em prol da dignidade da pessoa humana”, destaca o documento.
A nova manifestação da PGR acontece em meio a recentes críticas dos parlamentares que participaram da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal, entre eles o então presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM). Nesta segunda-feira, 25, ele afirmou que a decisão é uma vergonha para a instituição e um desrespeito à memória das vítimas da Covid-19. “Sei que o trabalho da comissão produziu resultados importantes. Garantimos vacinas nos braços dos brasileiros, lutamos pela vida e investigamos com muita seriedade absurdos cometidos pelo Chefe do Executivo, ministros e assessores”, comentou, defendendo que a Procuradoria deve explicações aos brasileiros. Esta decisão é uma vergonha para a instituição”, completou.
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