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Putin anuncia medidas drásticas para apoiar o rublo ante sanções

Residentes na Rússia ficarão proibidos de transferir dinheiro para o exterior a partir desta terça-feira, 29, além de outras medidas

Da: Redação – Por: AFP
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O presidente russo, Vladimir Putin, arremeteu nesta segunda-feira contra as sanções impostas pelo que chamou de “império da mentira” ocidental em resposta à invasão à Ucrânia, e anunciou medidas drásticas para conter a queda do rublo.
Segundo decreto publicado no site do Kremlin, os residentes na Rússia ficarão proibidos de transferir dinheiro para o exterior a partir desta terça-feira. Além dessa primeira medida, os exportadores russos serão obrigados, a partir de hoje, a converter em rublos 80% de sua receita em moeda estrangeira obtida desde 1º de janeiro.
O rublo caiu a mínimas históricas hoje desde a abertura das negociações na Bolsa de Moscou, e fechou negociado a 94,6 por dólar, frente a 83,5 antes da invasão à Ucrânia.
Para defender a economia e a moeda nacionais do impacto das sanções ocidentais, o Banco Central da Rússia anunciou, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, que elevará sua taxa básica de juros em 10,5 pontos percentuais, a 20%.
Estados Unidos, União Europeia e outros países anunciaram que irão excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos bancários Swift e de qualquer transação com o Banco Central da Rússia. Também foram anunciadas medidas de represália comerciais, como o fechamento do espaço aéreo a aviões russos pela Europa.
A TV russa exibiu imagens de uma reunião entre Putin, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, o ministro das Finanças Anton Siluanov, a presidente do banco central russo, Elvira Nabiullina, e o diretor-geral do maior banco do país, Sberbank, para responder às sanções.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reconheceu um pouco antes que as sanções das potências ocidentais eram “duras” e representavam um “problema”, mas que a Rússia tinha “todo o potencial necessário para compensar os danos”. O Kremlin não anunciou nenhuma medida adicional em reação às sanções.
“As medidas tomadas reduzem a volatilidade”, disse à AFP Alexei Vedev, analista do instituto econômico Gaïdar. “A incerteza é enorme e o banco central está agindo com razão”, acrescentou.

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