Renato Paiva não implantou ‘futebol Walt Disney’, mas se atrapalhou mais que o Pateta no Botafogo, que acerta em demissão

Por: FOGÃONET

Vítor Silva/Botafogo

 

 

  • Há diferença entre o futebol da vida real e o futebol Walt Disney, como afirmou Renato Paiva em entrevista coletiva antes da eliminação do Botafogo para o Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes. O problema é que o técnico se atrapalhou mais que o Pateta em sua curta passagem pelo Botafogo.

  • Em plena terra de Walt Disney, nos Estados Unidos, o técnico foi traçar paralelo com o criador do Mickey. Se Walt Disney foi um gênio e usou sua criatividade para criar um mundo mágico de fantasia, Renato Paiva criou apenas desculpas para insucessos e ilusões em sua cabeça.

  • Após derrotas, culpou jogadores, se enrolou, deu justificativas furadas. Ele era o roteirista da Disney alvinegra, mas tinha dificuldades em criar roteiros agradáveis de se ver, culpava os personagens e, dificilmente, admitia seus próprios erros.

  • O destino deu a oportunidade a Renato Paiva de apresentar o Botafogo atual ao mundo. Venceu o Seattle Sounders em jogo de erros, dele admitidos por ele próprio; derrotou o PSG de forma histórica, que orgulhou todo o continente. E parou por aí. Jogou para empatar ou perder de pouco para o Atlético de Madrid. Ainda dava para aceitar, porque o resultado significava classificação.

  • Mas, na hora que o mundo parou para ver o futebol brasileiro, que tinha pela frente um rival que foi atropelado pelo Botafogo em 2024, Paiva se amedrontou. Não exibiu futebol Walt Disney, nem futebol da vida real, nem futebol nenhum. Sem coragem, não há história. O Botafogo não é lugar para não ter ambição.

  • Certamente, não foi só a eliminação que pesou. Alguém deve ter pensado: com Renato Paiva teremos condições de ser campeões? Uma rápida análise do histórico mostra que, dificilmente. Se o Botafogo não joga bem jogos grandes, se dificilmente vence ou faz gol fora de casa, se o técnico é fã de três volantes, se não tem alternativas ofensivas nem mexidas que mudam partidas, como acreditar que iria chegar longe?

  • A passagem de quatro meses de Renato Paiva tem insistência em Patrick de Paula, indicação de Mastriani, tentativa de jogo posicional e frustração. O Botafogo manteve um mental forte e uma defesa sólida (herdados dos tempos de Luís Castro e Artur Jorge, possivelmente), e ficou sem ataque. Aos poucos, Paiva talvez tirasse as outras virtudes da equipe.

  • John Textor e a diretoria erraram na demora para escolha de um treinador, mais ainda na contratação de Renato Paiva. A demissão é também uma confissão do erro. E, simultaneamente, é um acerto. Agora, é correr atrás do tempo perdido e encontrar um técnico à altura do projeto e do Botafogo Way.

  • Renato Paiva desrespeitou Walt Disney, tirou o brilho do Mickey, acabou com a graça do Pato Donald, deixou o torcedor Pluto e não mereceu as moedinhas do Tio Patinhas. No mundo real, é preciso agir com as diretrizes do dono (John Textor) e dos clientes (torcedores). Ao ir por caminho diferente, Paiva acabou como vilão e deixou de fazer parte da Disney alvinegra antes do que imaginava. Que venha um novo – e melhor – roteirista.

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