Salário mínimo ainda não é suficiente para gastos básicos; veja o valor que os brasileiros deveriam receber

Money Times / Por: Vitória Pitanga

O valor do conjunto de alimentos para uma cesta básicas caiu em 14 de 17 capitais apuradas no mês de setembro, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Dessa forma, o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas, por exemplo, deveria ter sido de R$ 6.280,93 – ou 4,76 vezes o mínimo de R$ 1.320,00.

Na comparação entre o custo da cesta e o salário mínimo líquido – após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social –, o trabalhador remunerado comprometeu, em média, 53,09% do salário mínimo para adquirir os produtos alimentícios básicos.

Em agosto, o valor necessário era de R$ R$ 6.389,72, o que corresponde 4,84 vezes o salário mínimo. Já em relação a setembro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.306,97 – ou 5,20 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.

Cidades

Em setembro, os destaques de queda foram observados em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%), enquanto os destaques de elevação vieram de Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%).

A cesta mais cara é a de Florianópolis (R$ 747,64), enquanto a mais barata é a de Aracaju (R$ 532,34).

A cidade de São Paulo se enquadrou na terceira colocação do ranking de custo de cestas básicas, com uma variação de -1,83% em relação a agosto. Em uma comparação anual, a cesta diminuiu -2,13% e, nos primeiros nove meses do ano, caiu -7,14%.

Confira a diferença entre o salário mínimo e o valor necessário para a cesta básica

Além disso, o levantamento apontou uma leve alta no tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos de uma cesta.

Em setembro, o tempo médio ficou em 109 horas e 01 minuto, enquanto no mês de agosto era uma média de 108 horas e 02 minutos. Na comparação anual, a jornada média foi de 118 horas e 14 minutos.