Da: IstoÉDinheiro

O setor de serviços registrou alta de 0,3% em outubro, na comparação com setembro, informou nesta sexta-feira, 12 o IBGE. O resultado veio abaixo da alta de 0,7% registrada no mês anterior, mas o setor renovou o patamar recorde da série histórica e cravou a nona alta mensal seguida.
Frente a outubro de 2024, o avanço foi de 2,2%.
Em 12 meses, entretanto, o crescimento ficou em 2,8%, reduzindo o ritmo de expansão frente ao acumulado até setembro (3,1%). O setor de serviços é o que possui o maior peso na composição do PIB (Produto Interno Bruto), respondendo por cerca de 70% da atividade econômica do país.
Apesar da desaceleração, o resultado ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,2% no mês, e com isso o volume de serviços renovou o patamar recorde da série histórica, iniciada em 2011.
A expansão da passagem de setembro para outubro foi acompanhada por todas as cinco atividades, com destaque para transportes 1%. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (0,3%), outros serviços (0,5%), profissionais e administrativos (0,1%) e prestados às famílias (0,1%). Veja aqui o detalhamento.
O mercado de trabalho aquecido, com o desemprego em mínimas recordes, vem ajudando o setor de serviços a manter a resiliência neste ano mesmo diante da desaceleração da economia, com a taxa básica de juros Selic em 15%.
“Os dados de outubro mostram que o setor de serviços continua firme e tem mantido um bom ritmo de crescimento, contribuindo para sustentar parte da expansão da economia em 2025. Nossa projeção é de que os serviços terminem o ano com crescimento um pouco abaixo de 3%, apoiados pelas medidas promovidas pelo governo para impulsionar a atividade, como o aumento de gastos e o estímulo à concessão de crédito”, avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank.
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 é de 2,25%, segundo o último boletim Focus do Banco Central, bem abaixo dos 3,4% registrados em 2024.
O BC decidiu na quarta-feira manter a taxa Selic em 15% ao ano, como esperado, e não sinalizou quando poderá iniciar um ciclo de cortes nos juros, reforçando que a manutenção desse nível por período bastante prolongado é a estratégia adequada para levar a inflação à meta.
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